quarta-feira, 4 de abril de 2012

Yh vu. Htp jgv

terça-feira, 3 de abril de 2012

Felicidade

Certo rei, muito rico e poderoso, foi acometido de grande enfermidade. Chamaram os mais competentes médicos, que não conseguiram identificar a doença. Chamaram, então, os sábios, que, depois de muita discussão, concluíram que o rei só ficaria curado se vestisse a camisa do homem mais feliz que pudesse ser encontrado. Após muita busca, o rei perguntou-lhes: "Encontraram o homem?". "Não", foi a resposta. "E por que não?", indagou o rei. "Majestade", disseram eles, "o homem mais feliz do seu reino não tem camisa para vestir."

Contos a deriva.

Romance 
          cinzas, o ceu e as pedras das calcadas, na velha Bogotá. As ruelas que circundavam a igreja do pequeno nino estavam quase desertas aquela hora do dia. Exceção feita aos pombos q tornavam ainda mais cinza a plumagem da praca simon bolivar.Creditava a velhice o pouco sono que tinha, acordava  cedo e criticava os comerciantes q acordavam tarde e dormiam tarde. Em qualquer lugar do mundo o comércio estava cedo aberto, mas em Bogotá era o contrário. 
             Apenas nas imediações do museu d'oro o café don ortiz abria cedo, mesmo nas manhas mais frias, sediava o sarau de piadas dos vigilantes da regiao central, uma turma deixava o turno da noite e outra assumia o do dia. Esse encontro sempre gerava boas conversas e anedotas impagáveis, acostumou se a ouvi las, assim como as patranhas do mendigo a porta do café, se divertia c os contos dos vigilantes, mas as gargalhadas destoavam das lamurias do viciado. Café quente c pasteis bem oleosos eram os prediletos, comia devagar p não sujar o sobretudo de lan branca, imagem o mais limpa possível. Essa preocupação manifestada na aparência tinha sua origem e vigilância no caráter.
          Sapatos, velhos e caranxados, eram usados p caminhadas involuntárias mas cotidianas, alem de ser o exercício físico q o mantinha saudável, era tambem um exercício terapêutico para a alma. próximo ao palácio presidencial ate mesmo os policiais mais introvertidos o cumprimentavam com gestos ou olhares. Os pombos da praça Simon bolívar, ansiosos esperavam os preciosos farelos que lançava, deleite para as criaturinhas mas tormento para os habitantes e comerciantes da redondeza, o símbolo da paz também causava muitos incômodos .
               Já não mais praticava natação, não tinha piscina no prédio onde morava e o clube do qual era membro emerito possuia um quadro de freqüentadores q o oprimia, por ter sido  uma conhecida figura publica não tinha mais o direito ao anonimato, na Belle Epoque costumava ir a Paris e caminhar livremente pela rue Saint effigenie, sem ser reconhecido por ninguém. Os dias eram outros, de muitos era figura desconhecida, mas de muitos outros notoria. A exposição publica diária lhe deixaram traumas q levaria p o leito final.
                Administrador bem avaliado,  levou a cidade ao apogeu cultural, econômico  e de bem estar, porém não conhecia o ritmo da política, não se relacionava bem c os parlamentares e não cultivava o habito da bajulação aos magistrados, estes, quase deuses,  exigiam veneração. não sabia dançar a valsa política, pisava sempre no pe de seus parceiros políticos. Alguns desses tornaram se oposição ao seu governo e adversários pessoais, utilizavam os veículos de comunicação p degradar sua imagem e minar suas bases eleitorais.  Não entendia os caminhos serpenteantes que levavam a ingratidão. Permanecia amigo dos amigos e adversário dos adversário. Nesse ponto assemelhava se aos guerrilheiros, mas apenas nisso.
Na casa el libertador Pedia um suco de curuba e sentava se na mesa externa que lhe oferecia uma vista privilegiada do parque arborizado, o vento frio incomodava. Desistia da contemplação, voltava se para dentro de si, rosto sisudo, abria o velho baú de ressentimentos.
Ela era muito linda, preciosa, amável. Morena de estatura media, filha do Amazonas, tinha sangue brasileiro. Engraçou se dela num dos raros momentos de distração e relaxamento emocional, desde o fim do casamento com Amanda, com quem teve os três filhos que plantou no mundo, nunca mais se relacionou firmemente com ninguém, seu ritmo de vida era a principal desculpa para o descompromisso. Foi pego de surpresa pela paixão, a eterna juventude indígena lhe deixava maravilhado. Iara era quase uma década mais nova do q ele, sorridente, era seu deleite, motivo p algumas gargalhadas que saiam como erupção de um vulcão, raro mais incontrolavel, rejuveneceu nos primeiros meses. Pensava q esconderia tamanha beleza debaixo de seus lençóis todos os dias ou que os outros não descobririam aquela beleza tão singular na metrópole. Iara silenciosa, raramente falava e nunca opinava sobre qualquer assunto. Calava se qual mulher mulcumana. Mas pra q falar, seus olhos de um castanho de cair de tarde falavam por si só. Destacavam se, encerravam as discussões, acalmava e ao mesmo tempo agitava.