domingo, 28 de abril de 2013

Caminhada de oracao no bairro Petrópolis, Manaus.

Ontem, sábado, nos dedicamos a orar pelos bairros Petrópolis, Vale do amanhecer e jardim Petrópolis. Cumprindo a ordem que Deus deu a Abraão e seus filhos, "percorra a terra, na largura e no seu comprimento", assim o fizemos.
Agradeço a todos os lideres, irmãos e amigos que caminharam conosco e acreditaram na nossa visão.
Entramos em casas, oramos pelos enfermos, evangelizamos os pobres, doamos alimento para o faminto e propagamos a paz.
Obrigado, Pai, por colocar a misericórdia pelos desvalidos em nossos corações.
Liderança desse santo ministério, muito obrigado e parabéns.















Juventude do bairro Petrópolis: um exercito ferido pelas drogas.

Era sábado, por volta das 18h, caminhava pela região conhecida como "rip-rap" que liga o conjunto Jardim Petrópolis aos bairros Petrópolis e são Sebastião, zona Sul da cidade de Manaus. Área totalmente dominada pelo trafico de entorpecentes e "bocas de fumo": locais de vendas de drogas ilícitas.
Entramos em um beco estreito, escadas que davam inicio a um verdadeiro labirinto, um beco levava a outro e a outro, formando assim um complexo emaranhado de caminhos que fazem esconder e fugir de tudo e de todos.
Pequenas pontes, trapiches, que atravessam regos, pequenos igarapés, cheios de lixo e ratos enormes. Crianças descalças brincando as margens desses córregos, com um mal cheiro indescritível que embrulhava o estômago e dava palidez ao rosto.
Grande movimentação de jovens, ansiosos, outros trêmulos, passeavam por nos em passos ligeiros, em busca de drogas para iniciar "a onda" do dia. A rotina daquele exercito ferido e vencido pelas drogas consiste em dormir durante o dia e passar a noite usando drogas e praticando toda a sorte de ilicitudes.
Perguntei a alguns jovens que foram usuários de drogas naquela região e foram libertos, como se dava o cotidiano daqueles jovens. Responderam me que entravam naquela região todos os dias sem saber se dali sairiam com vida, testemunharam muitas mortes por causa do trafico, jovens com um grande potencial, mas que nao tinham nenhuma oportunidade ou alternativa de mudança, ate mesmo de rotina.
O estado faz vistas grossas a esse drama, cala se diante das denuncias, temem encarar o problema e ter que entrar nessas áreas dominadas pelos narcotraficantes. Nao há qualquer projeto de reabilitação ou reinserção social desses jovens.
Como seres hipnotizados os viciados andam nas ruas do bairro, em quantidade espantosamente grande, um verdadeiro exercito, o numero de jovens e adultos desocupados e sem propósito na vida, servindo a criminalidade e ao medo e causando terror a comunidade local.
Orei por eles em cada rua e beco que andei, mas eh tempo de fazer algo mais, despertar a consciência da sociedade para a solução daquela problemática a fim de salvar uma geração de jovens da escravidão das drogas.











Becos e valados tenebrosos no Petrópolis

Saltei o muro que faz limite entre o complexo canaa, onde fica a Catedral Canaa, igreja que pastoreio, visando conhecer a realidade daqueles que moram tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes de nos.
Próximos por estarem do outro lado do muro. Distantes por estarem longe dos nossos olhos e distantes alguns kilometros da catedral, pois para chegarem na igreja tem que fazer uma caminhada de pelo menos 2km.
Caminhei por becos estreitos e com aspecto perigoso, valados com casas espremidas umas sobre as outras, aspecto miserável da existência humana. Esgoto a céu aberto e caminhos estreitos e mal iluminados onde se misturam crianças descalças, cachorros doentes, lixo espalhados nas ruas e bêbados gritando e ouvindo musicas em som muito alto.
Na região do vale do amanhecer, que faz limites com os bairros japiimlandia e o conjunto jardim Petrópolis, vi condições de vida sub-humanas, sem nenhuma condição de promover dignidade, respeito, segurança, educação, e outros direitos resguardados na constituição e que eh dever do Estado.
Testemunhei a total ausência do Estado naquela região, a nao ser alguns policiais que passam nas ruas principais dentro de carros modernos, e poucas escolas amedrontadas pela marginalidade, nao vi nenhum instrumento do Estado que exercesse um papel relevante de mudança daquele ambiente ou de promoção de alternativas aos jovens tão assediados pela criminalidade ou de promoção de alternativa econômica para uma regiao pobre e sem pespectivas.
Fico imaginando como um presidente da republica, governador ou prefeito conseguem dormir, rir, festejar, sem doer na consciência a miséria e desumanidade que se vê sob seus domínios governamentais.
Perguntei de moradores se os agentes publicos andavam por ali, responderam me que só em época de eleição e depois, como de costume, fecham os olhos para essa realidade e dormem por quatro anos.







Petrópolis, um bairro entregue a própria sorte

As ruas são terra de ninguém, nao nenhuma ordem ou bom senso, todos estacionam aonde bem querem em ruas estreitíssimas e sem nenhum espaco para os pedestres que se apertam entre carros e muros, impedindo, assim, o direito de ir e vir.


sábado, 27 de abril de 2013

Hoje eh dia de rede jovemeta

Participe do maior movimento jovem do Brasil

sábado, 20 de abril de 2013

O líder e os momentos decisivos


"a liderança se desenvolve diariamente, e nao de um dia para o outro".

Nossas decisões em meio as crises formam nosso caráter e informam nosso chamado.

1) momentos de definição nos mostram quem somos de fato.
Diante das oportunidades ou agimos ou deixamos passar, como um trem.
- ter de enfrentar um fracasso pessoal.
- manter a posição em determinada questao.
- passar por algum tipo de sofrimento.
- ter de perdoar alguem.
- fazer uma escolha desagradável.

2) Momentos de definição mostram aos outros quem somos.

"a critica eh algo que você evita com facilidade; eh só nao falar nada, nao fazer nada e nao ser nada". Aristoteles.

Nao podemos viver de mascaras.
Quando decidimos atraimos os olhares p a nossa direção.
Quando decidimos nosso caráter nao eh construído: ele eh revelado.
Decidi ser um apóstolo com ênfase evangelistica p o Brasil, a ser um mero vigia de rebanho.

3) Momentos de definição determinam que tipo de pessoa nos tornaremos.

- uma oportunidade de dar a volta, mudar a direção e buscar um novo destino.
Os momentos de definição na minha vida determinarem aquilo q sou hoje.
- momentos de começar, serão ponto de partida. (quando me entreguei ao ministerio).
- momentos de definição foram de sofrimento (qdo stress por causa do trabalho, qdo assumi o canaa).
- momentos de definição ampliam a nossa visão. (ser um formador de lideres para a realização de um sonho). "ninguém coloca sonhos em mim como vc!".
- momentos de definição te levam a quebrar limites.

DEFININDO SEUS MOMENTOS

1) reflita sobre os momentos de definição no passado.
-"quem nao conhece a história esta fadado a repeti lá".
- " a melhor professora de um lider eh a avaliação de sua experiência".

2) prepare se para os momentos de definição no futuro.
Atitude: vou escolher e demonstrar atitudes certas diariamente.
Prioridade
Saúde
Compromisso
Finanças
Fe
Relacionamentos
Valores
Crescimento pessoal.

3) aproveite da melhor maneira os momentos de definição no presente.
- esteja atento as oportunidades.
- com as oportunidades vêem os riscos, mas nao tenha medo de assumi los.
- eh nos momentos de riscos que grandes lideres costumam surgir.
- tenha coragem de romper "uma ruptura eh suficiente para fazer uma enorme diferença!

ROMPENDO NA VISÃO

- o poder da paixão pela visão faz a diferença! A paixão eh o que distingue o extraordinário do comum.
- desenvolvendo o talento. Descubra o que vc sabe fazer bem e insista nisso.
- aproveitando a oportunidade. "nao coloque ovos vivos debaixo de galinhas mortas". Howard Hendricks.
- conhecimento, preparo. Atraimos o que somos, nao o que queremos.
- uma ótima equipe. Uma equipe que nao coloca o coração no que faz nao rompe.





quarta-feira, 17 de abril de 2013

A prorrogacao da zona franca de Manaus uma espécie de seguro desemprego

Nasci e fui criado em Manaus, testemunhei todas as crises econômicas e a consolidação do modelo zona franca, acompanhei o auge e o declínio, fui operário no distrito industrial e, portanto, conheço a realidade do parque industrial de Manaus.
O problema eh que a zona franca tornou-se, ao longo dos anos, uma muleta econômica para o nosso estado.
Se por um lado promoveu desenvolvimento econômico, know how tecnológico e preservação ecológica. Por outro, motivou o êxodo rural, o inchaço da capital e a proliferação das mais atrozes mazelas, especialmente a destruição da cultura regional, especialmente da cultura indígena.
A rota migratória dos indígenas de todas as regiões do Amazonas para Manaus, em busca do eldorado da zona franca, mergulhou as culturas milenares dos ianomamis, tikunas, tukano, etc, em um processo de desvalorização e desculturalizacao de sua língua, culinária e modus vivendi em geral.
Durante os 50 anos do modelo zona franca, os governos que se sucederam nao produziram nenhuma outra alternativa econômica equivalente para o Amazonas, pelo contrario, aprofundaram ainda mais a dependência deste modelo, inchando a máquina e lançando o estado em dividas impagáveis. Esses governos condenaram o rico e esplendoroso Estado do Amazonas a andar com o apoio de uma muleta que lhe tem atrofiado as pernas da economia e sujeitado a sociedade a lentidão rumo ao desenvolvimento.
Hoje, no congresso, discute se a prorrogacao da zona franca de Manaus por mais 50 anos, caso contrario o caos econômico se instalara por completo na Amazônia. Nao ha, infelizmente, comissão que discute a implantação de modelos de crescimento da piscicultura, das indústrias com base nos produtos da floresta ou no desenvolvimento do extraordinário potencial turístico da maior floresta tropical do mundo e meio onde se encontra a maior bio-diversidade do planeta, que certamente abriria novas portas de oportunidades desenvolvendo o interior e valorizando a cultura da nossa gente.
Chegou a hora da economia do nosso estado andar com as próprias pernas, lançando de si a capa da paralisia e da dependência do olhar comiserado do restando do Brasil.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Reproduzo analise do pastor e jornalista Antonio Mesquita sobre a 41a ago CGADB.

“Eis que Estou à porta e bato!”
16 abril 2013 por Pr. Antônio Mesquita

Uma mega estrutura que em quase nada glorificou ao Senhor, senão à exaltação humana, viu-se na 41ª CGADB, em Brasília (8-12), conforme retratou em manchete o Mensageiro da Paz (9abr13): ‘Apoteose’, literalmente ‘elevar alguém ao status de divindade, endeusamento, em função de circunstância especial’.

O personalismo (artigo postado dia 13: O uso excessivo de epônimos e a supersimplificação da história) retrata muito bem o fato.

Tudo isso pôde ser visto em Brasília, com tentáculos estendidos por diversos locais, tanto internamente quanto fora do parque. Outdoors, vídeos na rede interna de tevê do aeroporto e placas em ‘vê’ invertido, à imitação da política secular. Naquele momento, não dava para perceber a diferença entre o sagrado e o profano.

Com o sagrado em baixa, o profano deu um show de marketing e de muito dinheiro empregado, desassociado à simplicidade do Evangelho de Cristo.

Valores temporais e efêmeros

Ao ver toda a parafernália erguida e o volume extraordinário investido, mais de uma dezena de milhão empregado, sem quebra de dúvida, um pastor piedoso e visivelmente angustiado com o registro, não teve dúvida:

– Dê-me todo esse dinheiro e farei um estardalhaço na seara do Inimigo!

Pior! Não há esperança de serem demovidos desse sentimento, a retratar 1Coríntios 11.19. A arrogância é característica dos que promovem heresias, fábulas e engenhos humanos. As heresias (haireseis, no grego) são difundidas por partidários dentro da igreja. Estes pregam dissensão (divisão), em colisão com os aprovados ou convertidos.

Vimos um show de marketing, com vistas ao temporal, inclusive com atitudes grotescas, bárbaras e, portanto, reprováveis.

Toda essa capacidade de manipulação de opinião e de assimetria ideológica, por força das ações epônimas, deveria ser canalizada pró-Reino e mudar a glória humana em glória divina!

Vimos pessoas preparadas, mas não prontas para o Reino (cf Rm 1.15), que não se assemelham ao apóstolo Paulo, modelo a ser seguido, imitado.

Interessante que, ao defender o seu apostolado, Paulo diz que é colocado como último da fila e espetáculo ao mundo: “Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens”, 1Co 4.9.

O apóstolo retrata a posição dos aprisionados pelos impérios, como o Romano, levados pelos exércitos para prestar o espetáculo na entrada triunfal dos generais e seu exército, de volta, com o prêmio da conquista. Após o exército, em último lugar, seguiam os cativos a oferecer festa – o espetáculo – aos cidadãos do império triunfante, que os agrediam e atiravam-lhe pedras.

Esperança de mudança

Causou-me ainda mais asco, a incapacidade de fazer alguma coisa que pudesse mudar essa fotografia. Senti-me impotente e ridicularizado, fora do contexto e desprezível, por não fazer parte desse lado cruel e profano.

Este sentimento cresceu ainda mais quando chamei atenção de um sujeito da família de um dos candidatos, por causa de escândalo causado por sua deprimente ação. Recebi como resposta um brado agressivo e não menos animalesco, a reclamar votos.

Inocentemente pensei que minha intervenção levaria o sujeito a refletir sobre seus atos, que, naquele momento, assemelhou-o a um verdadeiro ser irracional.

Des-comunhão

Presenciamos a ausência da koinonia (comunhão), base da indicação da presença do Corpo e a imitação do pior contexto de Corinto, conforme análise paulina: “Nisto, porém, que vou dizer-vos não vos louvo; porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior. Porque antes de tudo ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio. E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós”, 1Co 11.17-19.



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Praia do calhau em são luis, maranhão. Ambiente bucólico e reservado, bom para um bate papo e boas risadas



Resultado final da eleição da mesa diretora da CGADB na 41a ago.


Presidente:
1) JOSÉ WELLINGTON BEZERRA DA COSTA (SP) – 9.003

2) SAMUEL CÂMARA (PA) – 7.407

1º Vice-presidente (Região Sul)

1) UBIRATAN BATISTA JOB (RS) – 8077
2) IVAL TEODORO DA SILVA (PR) – 7558

2º Vice-presidente (Região Centro-Oeste)
1) SEBASTIÃO RODRIGUES DE SOUZA (MT) – 7916
2) SÓSTENES APOLOS DA SILVA (DF) – 7505

3º Vice-Presidente (Região Norte)
1) GILBERTO MARQUES DE SOUZA (PA) – 9.995
3) JONATAS CÂMARA (AM) – 6.860

4º Vice-presidente (Região Nordeste)
1) JOSÉ ANTONIO DOS SANTOS (AL) – 7.385
2) PEDRO ALDI DAMASCENO (MA) – 6086

5º Vice-presidente (Região Sudeste)
1) TEMOTEO RAMOS DE OLIVEIRA (RJ) – 8252
2) ELYEO PEREIRA (RJ) – 6.897

1º Secretário (Região Sul):
1) PERCI FONTOURA – 7.624
2) NILTON DOS SANTOS – 7.459

2º Secretário (Região Centro-Oeste)
1) ANTONIO DIONIZIO DA SILVA – 8.122
2) LUCAS ARAÚJO DE SOUZA – 6.999

3º Secretário (Região Norte)
1) PEDRO ABREU DE LIMA – 7.523
2) OTON MIRANDA DE ALENCAR – 7.222

4º Secretário (Região Nordeste)
1) ROBERTO JOSÉ DOS SANTOS – 7.405

2) MANOEL MONTEIRO – 7.224

5º Secretário (Região Sudeste)

1) JONAS FRANCISCO DE PAULA – 6.932

2) ISAIAS LEMOS COIMBRA – 6.141

1º Tesoureiro (Região Sudeste):

1) IVAN PEREIRA BASTOS – 7236

1) JOSIAS DE ALMEIDA SILVA – 7002

3) REGINALDO CARDOSO DOS SANTOS – 1492

2º Tesoureiro (Região Sudeste):

1) ALVARO ALEN SANCHES – 7.868

2) NEHEMIAS GASPAR DE ARAÚJO – 7.674

Conselho Fiscal:
1ª Região (Região Sul):

1) JERÔNIMO DOS SANTOS – 8.202

2) JOSÉ POLINI – 7.243

2ª Região (Centro-Oeste):

1) GEOVANI NERES LEANDRO DA CRUZ – 7.977

2) RINALDO ALVES DOS SANTOS – 7.265

3ª Região (Norte):
1) JOEL HOLDER – 4.994
2) JEDIEL LIMA – 7.161
3) ISAMAR PESSOA RAMALHO – 2.595

4ª Região (Região Nordeste):
1) ISRAEL ALVES FERREIRA – 7.232
2) ANTONIO JOSÉ DIAS RIBEIRO – 7.935

5ª Região (Região Sudeste):
1) EDSON EUGÊNIO VICENTE – 6.163
2) LUIZ CEZAR MARIANO SILVA – 6.278
3) SAMUEL RODRIGUES – 1.986

22h03: Primeira parcial 95% urnas apuradas

Samuel Câmara: 7.097

José Wellington: 8.407

20h58: Começou agora a contagem de votos para presidente.

20h45: Urnas abertas às 20h34 e as cédulas começaram a ser contadas e separadas de 50 em 50 para, em seguida começar a apuração para presidente.

20h34: Início da apuração: cédulas estão sendo retiradas das urnas.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Como vi a convenção da CGADB em Brasilia

Citando o pastor Erwin Lutzer que afirma que "nos nao podemos ver o que existe na virada de cada curva, mas Deus pode", escrevo sobre minhas impressões da 41a ago da CGADB em Brasilia, que ocorreu nos dias 8 a 12 de abril de 2013.
Logo na chegada encaramos um problema lógico. Brasilia possui 40 mil leitos, que mal conseguem acomodar o fluxo natural de visitantes em uma semana de funcionamento normal dos poderes da republica. Quadro esse que se agravou com a chegada de mais de 20 mil pessoas para a convenção, por isso o colapso na estrutura de acomodação, levou os candidatos a abrigar em tendas improvisadas, no parque da cidade, os pastores que lhes apoiavam.
A falta de estrutura de acomodação adequada gerou desconforto e criticas por todos os lados, nao havia condições de dormir bem, de tomar banho e o uso de banheiros químicos piorou ainda mais a situação. Problema mais do que previsto em uma convenção dessa magnitude.
As plenárias iniciaram se na Terça feira com uma evidente maioria a favor do Pr. Samuel Camara, os ternos com detalhe de lenço amarelo, marca da campanha do Pr. Samuel e sua equipe, predominava entre os pastores, parecia que a vitoria da chapa CGADB pra todos estava certa.
No dia seguinte, com a apreciação dos relatórios, muitos outros pastores chegavam em Brasilia e cerravam as fileiras do Pr. José Wellington e seus amigos, equilibrando o numero de militantes por cada chapa. Desenhava se uma eleição acirradissima. Um conflito evidente de gerações, uma batalha entre duas visões para as assembléias de Deus no Brasil.
Pr. José Wellington, a 25 anos no comando da CGADB, levantava a bandeira do Status quo, do conservadorismo e do modelo de igreja tradicionalíssimo. Seu carisma e capacidade de condução dos trabalhos, contrasta com o procedimento ditatorial de impor sua vontade e de praticar o nepotismo, sustentando seus familiares na estrutura da igreja, em especial seu filho homônimo, que preside a Cpad, conduzindo a casa publicadora a uma visível estagnação, falta de inovação e modernização no meio livreiro evangélico.
Pr.Samuel, um dos quadros mais bem preparados da historia centenária da assembléia de Deus, concorria pela terceira vez consecutiva ao cargo de presidente da CGADB, tendo sido derrotado nas ultimas duas convenções pelo proprio José Wellington. Lider de capacidade administrativa extraordinária. Mesmo nao tendo o mesmo carisma do seu opositor, corajosamente colocou seu nome para disputar, segundo as regras do jogo, o comando das Assembléias de Deus no Brasil.
Presidir a CGADB, alem de liderar indiretamente mais de 30 milhões de fieis, projeta entrada nos mais altos postos políticos da nação, alem de propiciar a implementação de projetos institucionais e particulares de toda sorte.
Chegada a quinta feira, mais de 17 mil convencionais foram as urnas e escolheram por 9003 votos o Pr. José Wellington para continuar a frente da CGADB. Foram quase 1600 votos de vantagem sobre o Pr. Samuel Camara, que reconheceu o resultado e parabenizou o presidente reeleito, asseverando que continuara nas fileiras da CGADB, prestando um serviço valioso de fazer valer a democracia e a legalidade na instituição.
Na minha visão o Pr. José Wellington deve usar esse novo mandato para aperfeiçoar os mecanismos de transparência na gestão da CGADB e seus órgãos, implementar uma visão mais contextualizada com o nosso tempo, para efetiva evangelização e influencia da igreja nos destinos da sociedade e preparar o caminho para a chegada da nova geração no poder. Isso exigira altruísmo, generosidade, visão, sensibilidade do Espirito Santo e verdadeiro espirito pentecostal.
Ja o Pr. Samuel camara inspira a velha e as novas gerações a lutar pelos seus ideiais, a ser corajoso para se colocar como alternativa ao poder e assim, legitimar a CGADB como órgão de representação das assembléias de Deus no Brasil e a propor que todas as convenções regionais se abram para o processo maduro, ético e democrático das eleições das suas mesas diretoras, pois de fato, essa Assembléia eh de Deus!