Enquanto estava deitado na rede, com o ar fresco da varanda soprando em meus ouvidos, desconhecia qualquer caverna da razão obscura e dolorosa dos acontecimentos vividos. Freqüentava em pensamentos os lugares que havia passado naquele 2012 emblemático. Nao apenas pelo 12 que sempre me acompanhava a visão, nem tão pouco pela relevância dos anos pares, mas, principalmente, pelas revoluções que vivi e promovi.
Praias ventiladas foram curtidas a cada passo, prédios antigos remodelavam minha sensação de localização ambiente, montanhas e encostas se afirmavam na minha auto geologia. A ponto de voar, ao ponto, me precipitar.
Sim, me vinha a mente o precipício, que se encerrava nas rochas golpeadas pelo mar. Mas tenho medo de altura, asa delta em são Conrado, por instante quase me cegou, mas abri os olhos e vi muito alem!
O vento, o mar, altura, precipitar, principiar...
Estou agora no centro do planalto central, a 160m de altura, ainda tenho medo de altura, os campos verdes a perder de vista, o lago, a cidade principal, sua arquitetura, mais que um arranha céu, o céu que arranha o véu, abóboras de vidro, a arte suspensa nas alturas!
2012, começa e termina com altura, aventura, cura, arquitetura, cultura na rua.
A CHUVA
Há 9 anos