terça-feira, 1 de outubro de 2013

Os males da politica Patrimonialista

A ideologia patrimonialista, o culto ao Estado e as instituições, e a a burocracia no trato das decisões são marcas de instituições que movem-se pelo propósito único de se manterem ad infinitum no poder. Desde a monarquia portuguesa até os dias republicanos atuais o stabilishment burocrático tem peso e persistência na vida institucional brasileira.O contra-ponto do patrimonialismo encontra-se nas pressões democráticas vindas das bases da sociedade e das instituições. Recentemente demonstradas nas ruas do pais e nas redes sociais que abalaram a estrutura do poder patrimonialista. Reconhece-se, tais manifestações, como progressista, uma visão democrática não autoritária, que valoriza a cidadania, o respeito as leis e o repudio aos desmandos e ditaduras inerentes a cultura do populismo paternalista. As características mais evidentes do patrimonialismo na política institucional podem se destacadas: O empreguismo de parentes e apadrinhados, não considerando a meritocracia, mas sempre os interesses pessoais em nome da instituição.Aceitação das estripulias praticadas pelos detentores do poder, em beneficio próprio, mas em nome do interesse institucional.Personalismo autoritário, quando o chefe ou líder é alçado ao patamar de divindade, ou “comandante supremo”, a quem todos devem mesuras, submissão e absoluto silencio.Confunde a vida privada com a publica. Misturam-se os interesses e os privilégios do poder, que não tem o objetivo de servir seu povo para o bem da historia, mas sim servir-se do povo para a manutenção do estado de bem estar de seus familiares e apadrinhados por muitas gerações.Gera arbítrio e corrupção, pois são as únicas maneiras de se manterem no poder e, assim, perpetuar o comando. Paga-se o preço que for preciso, faz-se aliança e quebra-se alianças pelo casuísmo e interesses do momento, despudoradamente, vivem a máxima da “mao que afaga é a mesma que apedreja”. Estabelecimento da nobreza, classe social que desfruta do poder, sob a tutela monárquico-burocratica, e em troca dá sustentação aos “donos do poder”, manipulando a imprensa, as indústrias, escolas, igreja e demais agentes sociais.Ocupaçao territorial com objetivos políticos. A exploração econômica se organiza por meio de concessões de um monopólio real, ainda que o beneficiário pudesse vir a ser, como ocorreu com o pau-brasil, um judeu converso. Não há preocupação com a produção ou beneficio social do patrimônio apenas garantir a posse e o controle do território contra invasores.Preocupa-se com risco da dispersão e clama por um Estado que unifique a todos. Fazem o discurso do “estado forte”, verdadeiro “rolo compressor” no trato com o contraditório. Opinioes contrarias são vistas como divisionistas e ameaçadoras ao “status quo”e por isso rechaçadas de pronto de maneira impiedosa e violenta.Centralizacao do poder. As decisões se reservam a uma sala com três ou quatro pessoas, bem a gosto do personagem “Odorico Paraguassu”, o “bem amado”, que quanto a democracia: “estamos dispostos a dialogar, no entanto que seja sobre algo que a gente já decidiu”.É um “negocio do Rei”, assentado no latifúndio e na escravidão sendo regulado e espoliado pela coroa. Ou seja, baseado no modelo monárquico o patrimonialismo atual também tem a característica de explorar a mao de obra com um perfil escravista.Violentos e atropeladores de tudo que se antepõe a seus interesses. O espírito de iniciativa e de renovo é perseguido, pois se contrapõe a rotina dos administradores patrimonialistas.Sede insaciável dos “Donos do poder”por mais ganhos à custa dos esforços dos “submissos”da vez.Maquina burocrática azeitada pela formação do sistema de hierarquia e nomeações para empregos públicos, pensões e bolsas concedidas e favores de toda a ordem a fim de sustentar o sistema patrimonialista.Promove a formação da burocracia civil através da manipulação das massas e do uso de “pistolões”que aterrorizam a comunidade legal a fim de matar no nascedouro iniciativas verdadeiramente republicanas.Voto de “cabresto”. O domínio de cima, despótico, absoluto, era possível porque a nacao fora triturada, amarrada ao carro do Estado, de pés e mãos atadas, pela organização centralizadora.Aproveita-se da falta de cultura politica do cidadão brasileiro, o que o impede a orientar-se acerca das questões que seus representantes deveriam opinar. Falta de legitimidade na representação politica. Compra de votos, partidos de aluguel, representantes que abandonam suas bandeiras ideológicas para se locupletarem nos banquetes do poder.No geral exprimem um sentimento tradicionalista, centralizador e conservador, coincidente com a opinião dos mais conspícuos interesses dominantes.Manipulações políticas que se fazem por meio da maquina burocrática-repressiva.O povo, vive distante de ter condições de independência e liberdade para o exercício do voto.Esse estado ditatorial, com a aliança das classes lucrativas, são economicamente mais fortes, que a corrente contraria.